Parte II
Para que o Sopro Divino
Fundamental dos seres celestiais pudesse ser colhido e armazenado, o G.E.D.U.
deveria fazer, em cada um deles, uma operação de coleta que sugasse essa
energia.
Deveria começar com Tanás, o caso mais
difícil de todos.
- Ouça, Tanás... aproxime-se de mim! –
ordenou o G.E.D.U.
Ele assim o fez,
posicionando-se na frente do líder, sobre quem postou seus raios de luz.
- Podemos começar?
- Claro, G.E.D.U. Assim que
quiser.
O G.E.D.U., então, começa o
procedimento, fazendo com que, de seus raios de luz, saíssem outros infinitos,
bem mais rápidos do que os dois primeiros, e que desses infinitos saíssem
outros mais rápidos ainda; e outros mais rápidos. O Demônio Tanás demonstra em
sua feição o sofrimento pelo qual passa, urrando de dor a cada instante.
A energia desprendida por
esse processo foi suficiente para extrapolar a dimensão celestial e avançar
sobre outras, fazendo com que todo o universo contido em duas dimensões
paralelas inteiras se esfacelasse em pouco tempo.
- Que a destruição de tudo
isso não tenha sido em vão! – pronunciou o G.E.D.U.
A essência do sopro de Tanás
diminuía cada vez mais. Ele já não tinha mais forças para nada; parecia até um
humano em sua última tribulação antes da morte. Até que:
- Pronto! Finalizado! Agora
descanse, meu caro! – disse o G.E.D.U.
Para espanto de todos, Tanás,
agora, tinha a feição de um jovem anjo, que nada parecia com o antigo e
experiente demônio que desde os primórdios tinha o dever de cuidar das almas
daqueles que não cumpriam às exigências. Dormia com uma inacreditável aparência
serena, que nem de longe parecia àquela demonstrada durante a dor do
procedimento.
O G.E.D.U.,
então, criou uma área protetora para que nenhuma força ou energia externa lhe
fizesse algum mal. Depois, executou o mesmo procedimento a cada um dos seres
celestiais, que, em fila, aguardavam ansiosamente a vez e a chance de se
colocarem como contribuinte a evitar a destruição multiversal. Todos se
enfraqueciam, mas nenhum ao ponto do que acontecera com Tanás. O G.E.D.U. sabia
que deveria deixar reservas para cada um deles, caso precisasse de mais no
futuro.
Então, depois de muito tempo,
ele disse:
- Arcanjos, chegou a hora!
Ouvindo a ordem, os arcanjos
formam um grande círculo com o G.E.D.U. no centro. Aos poucos, jogam seus raios
de luz e energia de tal forma que se desintegrassem e suas essências se unissem
às do líder.
- Já estamos um pouco maiores do que o próprio Multiverso! –
bradou o G.E.D.U. – podemos parar!
Os arcanjos encerram o processo, adotando
formas semi-humanas por causa da quantidade quase infinita que perderam. A
próxima fase era chamada de Invasão Essencial Harmônica, em que o G.E.D.U. forçará toda essa essência naquela formada pelo o Acaso Tenebrosamente Tenebroso, o Supremo Desconhecido Absoluto
e o Caos, que agora eram chamados de “Tríade da Desarmonia”, na tentativa de
balanceá-la de uma vez por todas.
- Só existe um problema! – disse o G.E.D.U.
- O que houve? – perguntou Khanagem.
-
A Tríade da Desarmonia já alcançou o tamanho de bilhões de Multiversos. –
respondeu.
-
Não acredito... e agora, o que faremos?
- Boa pergunta, Khanagem... boa pergunta! –
respondeu G.E.D.U.Bilhões de Multiversos? Isso é que é megalomania! Veja a terceira parte na semana que vem!!
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