terça-feira, 23 de agosto de 2016

O Multiverso em Perigo - Parte III

Já sabe o esquema, né? Veja as partes I e II antes de prosseguir com a história!

Parte III

As esperanças dos seres celestiais iam por terra à medida que vislumbravam o tamanho que a Tríade da Desarmonia tomava.
- Teremos que juntar ainda mais nossas essências, arcanjos! – disse o G.E.D.U. Será perigoso, mas é nossa única chance!
Assim, os arcanjos novamente se colocam em volta do G.E.D.U., fazendo o mesmo ritual. De repente, sentem uma fonte de energia vindo em auxílio: hordas e mais hordas de Anjos Auxiliares, Anjos-Alunos e Demônios-Ajudantes vêm em auxílio de seus superiores.
- Tomem muito cuidado! Não os convoquei antes, pois a força de suas essências poderia ser perdida em pouco tempo! – disse o G.E.D.U.
- Se for necessário, vamos nos sacrificar por esse bem maior! – respondeu um dos anjos.
Isso feito, a união de essências ficou ainda maior.
- Agora, teremos uma única chance para harmonizar novamente a tríade: alcançar seu coração e acalmá-lo com toda a essência que pudermos. – explicou o G.E.D.U.
- Isso vai nos deixar muito enfraquecidos! Por isso, poupem o máximo de energia essencial que puderem! – finaliza Khanagem.
Rapidamente, o G.E.D.U. começa a viajar com a união de essências até atingir a fronteira com a Tríade. A partir daquele ponto, deveriam tomar cuidado para que suas essências não fossem dissipadas e transformadas na do rival, fazendo com que seu poder e tamanho ficassem ainda maior. Para isso, cada partícula atômica deveria ser desviada a uma velocidade inimaginável, pois qualquer choque seria uma perda.
- Perdas são inevitáveis! – disse o G.E.D.U. – mas minimizá-las é nosso dever!
O G.E.D.U. otimizou o uso dessas essências celestiais de modo a não liquidar totalmente a correspondente a determinado ser. Assim, ele não deixaria à mercê alguns em detrimento de outros, utilizando todas as suas energias por igual.
Dessa forma, toda a essência divina celestial viajava por entre a Tríade, sentindo em si o desequilíbrio que ela causava, enquanto tentava fazer as correções de balanço. O G.E.D.U. percebeu que o acerto era feito numa relação de uma a cada três partículas de energia, o que, dado o tamanho do trabalho a ser realizado, não era uma taxa tão pequena assim.
- Tomem cuidado com as partículas de anulação divina que a Tríade deixará no caminho! – alertou o G.E.D.U.
De fato, a presença do intruso foi rápida e facilmente notada pela Tríade. Isso fez com que liberasse as partículas de anulação divina, que, como o próprio nome indica, agiam como anticorpos num organismo doente.
- Fomos criados por eles e com eles, Khanagem! Tentemos mapear os pontos de anulação e desviar de todos eles! – aletou o G.E.D.U.
- Sim, façamos isso. Estou te enviando a relação de probabilidade em que essas partículas possam estar. Basta evitarmos. – respondeu Khanagem.
A estratégia, porém, era feita pelos dois lados. A Tríade, mesmo com certo atraso, podia pressentir os movimentos de seus invasores, assim fazendo com que as partículas mudassem de lugar constantemente. Aquilo se tornara um jogo de gato e rato. De repente, viram-se cercados por elas.
- Não acredito! Estamos cercados por mais partículas! – disse o G.E.D.U.
- Vamos dividir ainda mais as nossas e passar por elas! – respondeu Khanagem.
- Mas isso vai fazer com que gastemos mais energia! – alertou o G.E.D.U.
- Melhor gastar alguma do que perdermos toda ela para a Tríade! – finalizou Khanagem.
E assim o fizeram. Dividiram cada partículas de seu emaranhado em infinitesimais cada vez menores, tornando-as capazes de desviarem das anuladoras e evitarem uma sequência de choques que lhes poderia ser fatal. De repente:
- Cuidado! Mais à frente! – desesperou-se o G.E.D.U.
            Como era esperado, a Tríade fez o mesmo: diminui o tamanho de suas partículas anuladoras, deixando-as do tamanho das divinas e propícias ao choque. Por causa disso, o grupo divino perde bilhões de trilhões de importantes partículas.
            - G.E.D.U., já perdemos a energia correspondente à criação de um universo inteiro! – disse Khanagem.
            - Sim, e o pior é que não percorremos nem um por cento do caminho!

            - O importante é que conseguimos harmonizar boa parte daquelas por que passamos! – confortou-se Khanagem – mas ainda temos a maior parte para trabalhar!

Na próxima semana, a parte IV! Aguardem!

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